Uso de calmantes: auxílio ou prejuízo?

As medicações foram descobertas para aliviar e tratar doenças. Doenças antes incuráveis e com grande morbidade foram domadas e hoje são consideradas menos graves por ter tratamento. O sofrimento psíquico atualmente é considerado indesejável e maneiras de aplacá-lo são enormemente utilizadas. Os calmantes, pertencentes à classe farmacológica denominada benzodiazepínicos, são largamente prescritos no intuito de amenizar angústias, reduzir a ansiedade, induzir o sono e tratar crises convulsivas. São popularmente conhecidos como “tarja preta” em alusão à caixa do remédio que contém uma listra negra de orientação quanto à possibilidade de efeitos deletérios. São medicações que podem causar dependência e perda cognitiva. Seu uso fora de um plano terapêutico mais amplo gera inúmeros malefícios. Uma boa analogia sobre o uso responsável dos calmantes é o soro antiofídico, que é feito a partir da própria toxina da cobra. Uma substância pode ser considerada veneno ou antídoto dependendo do contexto, dosagem e indicação. Por isso, siga sempre as orientações de seu médico.